Demoro demais para postar, vou acumulando escritas. Porque tem coisas que escrevo e guardo para ler depois, afim de esquecer. Pois quando ler de novo ter uma nova visão. Esse próximo texto é um exemplo disso. acho que nunca ficarei satisfeita com ele, já o mudei tantas vezes.
Bom de uma coisa eu sei, ele parece um resumo, ou uma colcha de retalhos. mas vou postar, com o tempo aparecer dezenas de edições minhas!
A morte da esperança no
reino do Paraiso Democrático
Era uma vez, uma terra de
vasto território; de solos e natureza diversificada. Apesar de possuir algumas partes de terras
secas, suas paisagens mudavam a cada região. Os rios banham solos férteis, o mar
abraça a areia, o vento corre o litoral e mata adentro. A flora e a fauna são
de fazer qualquer pessoa chorar por suas belezas.
Mas nessas terras, vivem
seres terríveis, escondidos em meio à lama e sujeira. Em seu corpo uma terrível
aparência, deformada por causa do ódio em seus corações. Nessa terra a
esperança foi esquecida. Lá, o grande e velho sábio é o Preconceito, às vezes
ele vive exposto ou às vezes camuflado, porém está vivo entre a população. O
pior, é que a cultura fortalece e perpetua os pensamentos deste velho sábio (guerra
entre os seus próximos).
Nesse local, o povo está
fadado a uma ditadura patriarcal. Por excelência é o mundo do homem, onde as
mulheres apenas servem para casar e viverem escondidas, caso contrário, são
queimadas em praça pública por algo que foram contra ou simplesmente por
amamentar seu filho em local aberto.
Além disto, existe uma
imposição da forma “certa” de amar. Lá, quem se relaciona com o próprio sexo,
são assassinados, quase que constantemente, basta os mais rebeldes andarem pelas
ruas de mãos dadas que já terão destinos certos: morte, simplesmente por irem
contra as regras. Mas a maioria se esconde.
Nesse lugar, eles
desconhecem a esperança... A esperança de um lugar melhor e pleno. Entre os
habitantes, a intolerância reina, pois os poucos resquícios da vila da bondade
lutam por suas vidas, agonizando, pendurados de cabeça para baixo em praça
pública.
Ninguém pensa na busca de tempos melhores. A
maior parte do povo dessa terra esquecida, é totalmente cega para a verdade,
apoiam profetas canastrões que lhes sugam o pouco que possuem em troca de uma
ajuda que não existe, que poderiam ser alcançado por eles mesmo. Por
infelicidade, estão muito doentes para perceberem isso.
Ali, quem manda é o mais
corrupto, apesar da falsa ideia de democracia, o próprio povo elege apenas os
mais bandidos para governar. E os poucos que são coerentes com igualdade e
justiça, sofrem o peso da corrupção dentro desse ciclo vicioso, e se corrompem
também, senão, são mortos por irem contra os chefões.
O apoio à educação é algo
supérfluo. Existem muitas arenas, circos e pequenas mesadas para eles se
manterem. Até porque não importa mesmo, pois todos são orientados a fazer tudo
o que foi dito, meros subservientes, capachos, mas como mudar? É assim e sempre
foi, desde que nasceram.
Porém, há quem diga que lá
é uma terra boa para se viver. Onde todos são livres e podem viver sossegados.
Há quem defenda que assim, tornam-se pessoas melhores. Há quem acredita que o
que acontece nessa terra é algo bom e justo para todos. Poucos elementos livraram-se
deste transe, e fugem desse lugar. Estes sempre saberão a dor
que é viver lá.